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A expansão do Universo pode ser uma miragem, sugere estudo teórico

Estudo controverso sugere que o Universo é um plano estático e sua expansão pode ser explicada através da evolução das massas das partículas ao longo do tempo.

A expansão do Universo pode ser uma miragem, sugere estudo teórico - Expansão do Universo

Imagem: Arte "Expansão do Universo" por Ciência Mundo

Um estudo recente sugere que a expansão do Universo pode ser uma ilusão, desafiando os atuais conceitos bem estabelecidos da cosmologia (LOMBRISER, 2023)

Essa nova abordagem também oferece soluções para os enigmas da energia escura e da matéria escura, que compõem a maior parte do Universo e ainda são um mistério para os cientistas.

Expansão do Universo é uma MIRAGEM: Entenda Nova Teoria
Expansão do Universo é uma MIRAGEM: Entenda Nova Teoria.
Vídeo: Canal “Ciência em 4D” em Youtube.

A pesquisa, conduzida pelo professor Lucas Lombriser, da Universidade de Genebra, foi publicada no periódico Classical and Quantum Gravity em junho. 

Atualmente, a expansão do Universo é amplamente aceita com base no desvio para o vermelho da luz emitida por galáxias distantes. 

Quanto mais distante a galáxia, maior o desvio para o vermelho, indicando que ela está se afastando de nós.

No entanto, Lombriser propõe uma interpretação matemática que sugere que o Universo não está realmente em expansão, mas é plano e estático, como Albert Einstein acreditava. 

O desvio para o vermelho e o desvio para o azul são fenômenos observados na luz proveniente de objetos em movimento. O desvio para o vermelho ocorre quando o comprimento de onda da luz SE ESTENDE, tornando-se avermelhado, devido ao afastamento do objeto em relação ao observador. Por outro lado, o desvio para o azul ocorre quando o comprimento de onda da luz SE ENCURTA, tornando-se azulado, devido à aproximação do objeto em relação ao observador. Esses desvios são utilizados pelos cientistas para determinar o movimento de objetos cósmicos.
Imagem: Aleš Tošovský em Wikimedia Commons.

Em vez disso, os efeitos que observamos que indicam a expansão seriam explicados pela evolução das massas das partículas ao longo do tempo.

Segundo essa nova perspectiva, as partículas surgem de um campo que permeia o espaço-tempo, e suas massas variam devido às flutuações desse campo. 

A constante cosmológica, que é responsável pela aceleração da expansão, não estaria relacionada à expansão do Universo, mas sim às mudanças na massa das partículas ao longo do tempo.

Essa abordagem também traz insights sobre a natureza da matéria escura, que compõe a maior parte da matéria do Universo, mas não interage com a luz. 

Lombriser sugere que as flutuações do campo podem se comportar como partículas hipotéticas chamadas axiônios, que são um dos candidatos para a matéria escura.

Além disso, a energia escura, a força misteriosa que impulsiona a expansão acelerada do Universo, pode não ser necessária nesse novo modelo. 

De acordo com Lombriser, o efeito da energia escura poderia ser explicado pelas massas das partículas seguindo um caminho evolutivo diferente em estágios posteriores do Universo.

Essa abordagem desafiadora tem despertado interesse em especialistas que destacam que ela oferece uma nova perspectiva para resolver os problemas atuais da cosmologia, mas também ressaltam a necessidade de cautela na interpretação dos resultados. 

Algumas das ideias propostas por Lombriser podem não ser testáveis no momento.

No entanto, essa reavaliação da expansão do Universo e a sugestão de explicações alternativas para a energia escura e a matéria escura são um exemplo importante da contínua evolução do nosso entendimento do cosmos. 

A ciência está constantemente desafiando teorias estabelecidas e explorando novos horizontes, expandindo nossa visão do Universo e do nosso lugar nele.

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Referências

LOMBRISER, Lucas. Cosmology in Minkowski space. Classical and Quantum Gravity, 2023. Disponível em: <link>. Acesso em: 22 jun 2023.

Cite-nos

SANTOS, Fábio. A expansão do Universo pode ser uma miragem, sugere estudo teórico. Ciência Mundo, jun 2023. Disponível em: . Acesso em: 05 maio 2024.


Graduado em Sistemas de Informação pela FEUC-RJ e mestre em Representação de Conhecimento e Raciocínio pela UNIRIO. Fábio é editor e fundador do portal Ciência Mundo. É dedicado à produção de conteúdos relacionados a astronomia, física, arqueologia e inteligência artificial.